quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Fotos mostram situação do Rio Acre durante seca e cheia históricas

Imagem mostra parte do Centro de Rio Branco durante a seca do Rio Acre este ano e no período da cheia histórica em 2015 (Foto: Edison Caetano/Arquivo Pessoal)

A seca do Rio Acre já é a maior desde 1970, quando a Defesa Civil Estadual passou a monitorar o manancial. Na última terça-feira (2), as águas marcaram 1,43 m. Até então, o menor nível alcançado pelo rio na capital, Rio Branco, havia sido 1,50 metro, em setembro de 2011.
Em 2015, porém, os acreanos viveram a situação inversa com a maior cheia já registrada na história do estado. O manancial atingiu à marca de 18,40 metros e desabrigou mais de 9 mil pessoas só na capital e afetou 87 mil em todo estado. Fotos tiradas nos dois períodos comparam as duas situações e mostram as mudanças de cenário.

1. Ponte Juscelino Kubistschek
Em 2016, o baixo nível das águas deixou visível o lixo e entulhos embaixo da ponte, uma das principais pontes da capital acreana mais conhecia por Ponte Metálica. Já no ano passado, as águas do rio chegaram a atingir o pavimento da ponte. O local chegou a ser interditado na época e caçambas foram colocadas sobre a estrutura.
Ponte Metálica durante a enchente de 2016 e atualmente no período da seca histórica (Foto: Aline Nascimento/G1 e João Paulo Maia/GloboEsporte.com)

2. Calçadão da Gameleira
Um dos mais importantes pontos turísticos da capital acreana, também foi atingido pelas águas do rio em 2015. O Calçadão da Gameleira ficou inundado pelas águas e teve que ser interditado. Agora as águas do manancial ficam cada vez mais distantes do topo.
Rio Acre chegou a invadir o Calcadão da Gameleira e o local foi interditado (Foto: Aline Nascimento/G1 e Walcimar Júnior/Arquivo pessoal)

3. ETA II
Se em 2016, o Depasa precisou instalar três conjuntos de flutuantes, com cinco bombas ao todo, para garantir o abastecimento de água na capital, no ano anterior era o excesso de água que causava preocupação.

A Estação de Tratamento de Água (ETA II) chegou a ser invadida pelas águas e para evitar que o sistema de captação fosse comprometido, o Departamento de Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) construiu muretas de concreto. Além da medida, o órgão usou quatro bombas de sucção para retirar a água.
Estação de Tratamento de Água II durante a seca histórica e a enchente em 2016 (Foto: Aline Nascimento/G1)

Abastecimento de água
Como medida para evitar um racionamento este ano, o Depasa instalou um terceiro conjunto de flutuantes, na última sexta-feira (29). Dois desses conjuntos possuem duas bombas, que captam de 200 a 240 litros por segundo cada. Após a instalação, a estação passou a captar até 970 litros por segundo com as cincos bombas.
Já na ETA I a captação é feita com duas bombas, que puxam 580 litros juntas. Para não desligar uma dessas bombas, devido ao baixo nível do rio, o Depasa anunciou, na segunda-feira (1º), que vai ampliar a barragem de contenção para garantir o abastecimento na capital acreana.
Imagem mostra Passarela Joaquim Macedo na enchente do ano passado e durante a seca em 2016 (Foto: Aline Nascimento/G1)

Situação de emergência
Diante do problema, o governador do Acre, Tião Viana, assinou um decreto de situação de emergência no último dia 7. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e também dizia respeito a outras cidades acreanas, que também sofrem com a estiagem.
O pesquisador Foster Brown afirmou, em matéria publicada no último dia 29, que além da ação humana, o período de estiagem se agravou pelos efeitos do El Niño, que resultou na pouca quantidade de chuva.
Para ter uma dimensão do problema, conforme a Defesa Civil do Acre, nos 20 primeiros dias de julho, choveu apenas 15% da média esperada. Foram apenas 5,6 milímetros de chuva apenas na capital acreana. O esperado para todo mês era de 35 milímetros.
O órgão acredita ainda que o nível do rio deve ficar abaixo de 1,25 metro até setembro. O major do Corpo de Bombeiros do Acre Cláudio Falcão revelou que o período de estiagem, que deveria encerrar em outubro, deve se prolongar até o mês de novembro. Falcão disse também que a previsão é de pouquíssima chuva para o período.
G1 Acre.

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