Imagem mostra parte do Centro de Rio Branco durante a seca do Rio Acre este ano e no período da cheia histórica em 2015 (Foto: Edison Caetano/Arquivo Pessoal) |
A seca do Rio Acre já é a maior desde 1970, quando a Defesa Civil Estadual passou a monitorar o manancial. Na última terça-feira (2), as águas marcaram 1,43 m. Até então, o menor nível alcançado pelo rio na capital, Rio Branco, havia sido 1,50 metro, em setembro de 2011.
Em 2015, porém, os acreanos viveram a situação inversa com a maior cheia já registrada na história do estado. O manancial atingiu à marca de 18,40 metros e desabrigou mais de 9 mil pessoas só na capital e afetou 87 mil em todo estado. Fotos tiradas nos dois períodos comparam as duas situações e mostram as mudanças de cenário.
1. Ponte Juscelino Kubistschek
Em 2016, o baixo nível das águas deixou visível o lixo e entulhos embaixo da ponte, uma das principais pontes da capital acreana mais conhecia por Ponte Metálica. Já no ano passado, as águas do rio chegaram a atingir o pavimento da ponte. O local chegou a ser interditado na época e caçambas foram colocadas sobre a estrutura.
1. Ponte Juscelino Kubistschek
Em 2016, o baixo nível das águas deixou visível o lixo e entulhos embaixo da ponte, uma das principais pontes da capital acreana mais conhecia por Ponte Metálica. Já no ano passado, as águas do rio chegaram a atingir o pavimento da ponte. O local chegou a ser interditado na época e caçambas foram colocadas sobre a estrutura.
Ponte Metálica durante a enchente de 2016 e atualmente no período da seca histórica (Foto: Aline Nascimento/G1 e João Paulo Maia/GloboEsporte.com) |
2. Calçadão da Gameleira
Um dos mais importantes pontos turísticos da capital acreana, também foi atingido pelas águas do rio em 2015. O Calçadão da Gameleira ficou inundado pelas águas e teve que ser interditado. Agora as águas do manancial ficam cada vez mais distantes do topo.
Um dos mais importantes pontos turísticos da capital acreana, também foi atingido pelas águas do rio em 2015. O Calçadão da Gameleira ficou inundado pelas águas e teve que ser interditado. Agora as águas do manancial ficam cada vez mais distantes do topo.
Rio Acre chegou a invadir o Calcadão da Gameleira e o local foi interditado (Foto: Aline Nascimento/G1 e Walcimar Júnior/Arquivo pessoal) |
3. ETA II
Se em 2016, o Depasa precisou instalar três conjuntos de flutuantes, com cinco bombas ao todo, para garantir o abastecimento de água na capital, no ano anterior era o excesso de água que causava preocupação.
A Estação de Tratamento de Água (ETA II) chegou a ser invadida pelas águas e para evitar que o sistema de captação fosse comprometido, o Departamento de Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) construiu muretas de concreto. Além da medida, o órgão usou quatro bombas de sucção para retirar a água.
Se em 2016, o Depasa precisou instalar três conjuntos de flutuantes, com cinco bombas ao todo, para garantir o abastecimento de água na capital, no ano anterior era o excesso de água que causava preocupação.
A Estação de Tratamento de Água (ETA II) chegou a ser invadida pelas águas e para evitar que o sistema de captação fosse comprometido, o Departamento de Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) construiu muretas de concreto. Além da medida, o órgão usou quatro bombas de sucção para retirar a água.
Estação de Tratamento de Água II durante a seca histórica e a enchente em 2016 (Foto: Aline Nascimento/G1) |
Abastecimento de água
Como medida para evitar um racionamento este ano, o Depasa instalou um terceiro conjunto de flutuantes, na última sexta-feira (29). Dois desses conjuntos possuem duas bombas, que captam de 200 a 240 litros por segundo cada. Após a instalação, a estação passou a captar até 970 litros por segundo com as cincos bombas.
Como medida para evitar um racionamento este ano, o Depasa instalou um terceiro conjunto de flutuantes, na última sexta-feira (29). Dois desses conjuntos possuem duas bombas, que captam de 200 a 240 litros por segundo cada. Após a instalação, a estação passou a captar até 970 litros por segundo com as cincos bombas.
Já na ETA I a captação é feita com duas bombas, que puxam 580 litros juntas. Para não desligar uma dessas bombas, devido ao baixo nível do rio, o Depasa anunciou, na segunda-feira (1º), que vai ampliar a barragem de contenção para garantir o abastecimento na capital acreana.
Imagem mostra Passarela Joaquim Macedo na enchente do ano passado e durante a seca em 2016 (Foto: Aline Nascimento/G1) |
Situação de emergência
Diante do problema, o governador do Acre, Tião Viana, assinou um decreto de situação de emergência no último dia 7. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e também dizia respeito a outras cidades acreanas, que também sofrem com a estiagem.
Diante do problema, o governador do Acre, Tião Viana, assinou um decreto de situação de emergência no último dia 7. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e também dizia respeito a outras cidades acreanas, que também sofrem com a estiagem.
O pesquisador Foster Brown afirmou, em matéria publicada no último dia 29, que além da ação humana, o período de estiagem se agravou pelos efeitos do El Niño, que resultou na pouca quantidade de chuva.
Para ter uma dimensão do problema, conforme a Defesa Civil do Acre, nos 20 primeiros dias de julho, choveu apenas 15% da média esperada. Foram apenas 5,6 milímetros de chuva apenas na capital acreana. O esperado para todo mês era de 35 milímetros.
O órgão acredita ainda que o nível do rio deve ficar abaixo de 1,25 metro até setembro. O major do Corpo de Bombeiros do Acre Cláudio Falcão revelou que o período de estiagem, que deveria encerrar em outubro, deve se prolongar até o mês de novembro. Falcão disse também que a previsão é de pouquíssima chuva para o período.
G1 Acre.
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