quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Segurança brasileiro registrou destruição em Pescara del Tronto (Foto: Rodrigo Silva/Arquivo Pessoal)

Um segurança brasileiro se mobilizou para ajudar a retirar vítimas do forte terremoto de magnitude 6,2 que atingiu o centro da Itália na madrugada desta quarta-feira (24) – horário local. O impacto foi maior perto de Perugia, região localizada a menos de 200 km de Roma, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), organismo que registra os tremores em todo mundo.
Rodrigo Silva é natural de Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo, e mora na cidade de Amatrice, uma das atingidas pelo tremor. "A situação daqui é crítica. Morreu muita gente, mas resolvi sair de Amatrice para ir até a outra cidade [Pescara del Tronto], onde o terremoto foi mais forte, para ajudar.Segundo Rodrigo, que trabalha como segurança e está há pelo menos três anos na Itália, há muitos mortos pela cidade. Ele enviou um vídeo e fotos ao G1 de Pescara del Tronto que mostram a magnitude da destruição. "Mal cheguei aqui e os bombeiros já retiraram dois corpos. Não tem mais brasileiros comigo, mas eu quis vir e tentar ajudar a retirar alguns dos escombros. A situação está realmente crítica aqui." 
Mais de 100 pessoas morreram, segundo o premiê italiano, Matteo Renzi. Há também 368 feridos. O premiê também disse que esse número de vítimas não é definitivo e que muitas pessoas seguem desaparecidas. O Itamaraty informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas. "Metade da cidade já não existe. As pessoas estão sob os escombros", lamentou o prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, à emissora privada Sky.

O prefeito confirmou que houve desabamentos de vários edifícios e pontes, o que complica o acesso ao local por parte das equipes de resgate, que tentam ajudar as pessoas que estariam sob os escombros.
Pirozzi fez um apelo às autoridades do país para liberar as ruas o mais rápido possível e poder ajudar as pessoas feridas no terremoto.
"Temos espaço para a chegada de helicópteros de resgate, mas a prioridade é liberar as ruas", disse o prefeito de Amatrice, observando que a região está sem luz, o que dificulta o trabalho de resgate.
O coordenador da Cruz Vermelha em Amatrice, Giussepe Pignoli, confirmou que na entrada da cidade há uma ponte que desabou, complicando o acesso ao local. "Ativamos o dispositivo de socorro da Cruz Vermelha. Há muitos danos", disse.
Bombeiros procuram pessoas debaixo dos escombros (Foto: Rodrigo Silva/Arquivo Pessoal)
A Defesa Civil confirmou deslizamentos de terras em outras três províncias da Região de Marcas: Ascoli Piceno, Fermo e Macerata.
Especificamente, os maiores danos aconteceram nas cidades de Arquata del Tronto e Pescara del Tronto, Ascoli Piceno, em Amandola (Fermo) e Gualdo (Macerata).
Após o tremor de magnitude 6,2, vários tremores secundários, de magnitudes 5,5, 4,6 e 4,3, foram registados perto de Amatrice e de Norcia, e o mais forte chegou a ser sentido em Roma e no Vaticano.
O terremoto ocorreu muito perto de Áquila, onde em 2009 aconteceu um forte terremoto de magnitude 6,3 que causou mais de 300 mortes e devastou a região de Abruzos e o centro histórico local.

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