OPINIÃO: A carta de desfiliação do governador João Azevedo marca um novo capítulo na política paraibana. Nem mesmo os mais inteligentes analistas políticos são capazes de prever com firmeza o que acontecerá nos próximos meses, mas uma coisa é possível concluir: “Ricardo Coutinho fez uso de mais uma estratégia para se perpetuar no poder, mesmo sem mandato”.
A afirmação parece dura, mas eu a explico: Ao abrir mão de se candidatar ao Senado para acabar com qualquer chance de vitória da oposição, Ricardo imaginou que continuaria administrando o Estado com a tinta de sua caneta e as mãos de João Azevedo. Imaginou que a ideia de continuidade do projeto seria o pano de fundo perfeito para receber um terceiro ou quarto mandato, driblando a lei e a democracia.
Não contava talvez que João Azevedo tivesse personalidade para assumir o comando do Estado e imprimir um jeito próprio; o que aconteceu desde o primeiro dia de gestão do atual governador. Restabeleceu diálogos, estreitou relação com a Assembleia, passou a buscar eficiência e resultado nas diversas áreas administrativas e tocou o ritmo de obras, não inviabilizando o Governo por seu viés ideológico contrário ao presidente Bolsonaro.
Ricardo, o “Mago das estratégias”, lançou mão de mais uma. Provocou o governador a ponto de mostrar publicamente quem mandava no partido, tripudiou aliados históricos usando a própria influência nacional e ao final queria um governador “ajoelhado” e em permanente continência. Recebeu o primeiro revés à sua estratégia original.
Ricardo verá o PSB se reduzir a estatura de um dos menores partidos do Estado, mas continuará reinando sobre ele. Continuará seu “plano B”, ou “A” sei lá, na tentativa de pregar a pecha de traidor em seu antigo aliado.
Ricardo não sabe mesmo é fazer política sem brigar. O tempo, suas novas jogadas e a gestão do atual governador João Azevedo dirão se sua nova estratégia vingará.
Klebson Wanderley
Jornalista
Jornalista
POR: KLEBSON WANDERLEY
postado por: cacimbinha news.
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