OBSERVATÓRIO:
Publicado hoje, 14/09?2024
O Observatório Nacional vai transmitir ao vivo o eclipse
parcial da Lua que ocorre na noite da próxima terça-feira (17) até a madrugada
do dia 18. O programa O céu em sua casa: observação remota vai mostrar o
fenômeno que será visível em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, e a
transmissão ao vivo permitirá que todos acompanhem de perto este espetáculo
celeste.
A astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento,
explica que um eclipse parcial da Lua ocorre quando apenas uma parte da Lua
passa pela sombra escura da Terra.
“A penumbra é uma sombra mais clara, que ainda recebe um
pouco de luz do Sol, então, quando a Lua está na penumbra (seja totalmente na
penumbra ou parcialmente na penumbra) não se percebe nenhuma mudança a olho nu
(sem o uso de instrumentos). A essa fase chamamos de fase penumbral. Há eclipses que são somente penumbrais. Ou seja,
a Lua penetra na penumbra e depois sai da penumbra.”
Já a umbra é a sombra mais escura, onde não chega luz solar
alguma. No eclipse parcial, a Lua começa a passar pela umbra, o que faz com que
uma parte dela escureça e nós podemos ver isso simplesmente olhando para a Lua.
À medida que a Lua avança na umbra ela vai ficando com uma “mordidinha” escura,
que vai crescendo cada vez mais até o máximo do eclipse parcial. Agora, quando
a Lua penetra completamente na umbra, ocorre o eclipse total da Lua.
“Então, todo eclipse total tem primeiro a fase penumbral,
depois a parcial, depois a total, depois nova fase parcial e depois nova fase
penumbral. E todo eclipse parcial tem primeiro a fase penumbral, depois a
parcial e depois a penumbral”, explica Josina.
Segundo a astrônoma, o Brasil inteiro vai acompanhar o evento completo. Mas, este será um eclipse parcial com pequeníssima parte da Lua penetrando na umbra. No máximo do eclipse parcial somente 3,5% da área total da Lua estará escura.
A astrônoma esclarece que, diferentemente do eclipse do Sol,
no horário do eclipse lunar, quem estiver vendo a Lua verá a lua eclipsada. Ou
seja, a condição para ver qualquer eclipse da Lua é que a Lua esteja acima do
horizonte no local onde a pessoa está e também que não haja nuvens encobrindo a
Lua.
“Como todo eclipse da Lua acontece na lua cheia e como a lua
cheia fica a noite inteira no céu (ela nasce quando o Sol se põe e se põe
quando o Sol nasce), então a condição é que seja noite no local que você está
no horário do eclipse (e que não haja nuvens na frente da Lua)”, diz.
O eclipse parcial da Lua, na noite do dia 17 de setembro,
será visto do início ao fim (ou seja, fase penumbral, parcial e penumbral de
novo) em todo o Brasil. O início do eclipse penumbral acontece no horário de
Brasília às 21h41mine 7 segundos. O início do eclipse parcial será, a partir
das23h12min 58 segundos; a força máxima do eclipse parcial acontece às
232h44min e 18 segundos; e o fim do eclipse ocorrerá, à zero hora, 15 minutos e
38 segundos, já na madrugada da quarta-feira (18). E, o fim do eclipse penumbral
será a 1h34min e 27 segundos da madrugada.
Além de acompanhar a transmissão ao vivo do Observatório
Nacional, é possível ver o eclipse simplesmente olhando para o céu (desde que
não haja nuvens na frente da Lua). Como o eclipse visível a olho nu é o eclipse
parcial, que só começa às 23h12, a Lua estará bem alta no céu para todo o
Brasil, o que facilita ainda mais a observação.
Josina Nascimento avalia ainda que “não é preciso nenhum
equipamento especial para observar o eclipse. Além disso, os observadores podem
olhar diretamente para a Lua, sem preocupações, pois, ao contrário de um
eclipse solar, não há riscos para os nossos olhos”.
É interessante notar que eclipses da Lua e eclipses do Sol
acontecem em sequência. Isso se deve ao fato do plano de órbita da Lua ser
inclinado em relação ao plano de órbita da Terra, de aproximadamente 5 graus.
Se não houvesse essa inclinação em toda Lua Nova haveria um eclipse do Sol e em
toda Lua Cheia haveria um eclipse da Lua.
Em sequência ao eclipse da Lua haverá o eclipse anular do Sol
no dia 2 de outubro próximo, que também será transmitido pelo Observatório
Nacional.
Blog Cacimbinha News
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Fonte: Agência Brasil.
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